Em seu longa-metragem intitulado
Revolutionary Road (EUA/Reino Unido, 2008), Sam Mendes revisita a miséria neurótica da classe média estadunidense, a exemplo do que fizera em seu filme de estreia, Beleza Americana. A lamentável tradução do título em português (Foi apenas um sonho) trai o espírito do filme, uma vez que seus personagens se veem às voltas, justamente, com o desmoronamento do sonho americano de realização e de sucesso. Esse é o pesadelo do qual não podem despertar.
Frank Wheeler é um homem à deriva. Por não saber o que quer, acomoda-se em um emprego burocrático no qual a palavra de ordem é não trabalhar; já sua esposa April acredita ter fracassado como atriz, contentando-se com o papel de esposa e mãe, que desempenha quase que a contragosto.
Belos e talentosos, pais de duas crianças saudáveis, estão à beira do precipício, pois já não podem suportar o inferno conjugal em que suas vidas se transformaram. Frank com seu emprego medíocre, que despreza; April, por sua vez, renunciando à carreira dramática por não se considerar à altura do papel. Atormentam-se mutuamente, levando uma vida de fachada, a gosto do
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