Partidas

Retorna ao teu lugar

Memento mori

Ainda me recordo da forte impressão que a inscrição em latim no umbral do cemitério me causou na infância – Revertere ad locum tuum. À época, não compreendi porque aquele campo santo seria o meu lugar; afinal, ali era o lugar dos mortos. E a vida, para mim, apenas começava. Mas foram justamente essas palavras que retornaram quando pensei no que poderia dizer sobre o estranho filme Partidas (Okuribito, Japão/2008): “Retorna ao teu lugar”. 
Daigo Kobayashi é um jovem violoncelista desprovido de talento que vive e trabalha em Tóquio, quando subitamente se vê desempregado com a dissolução da orquestra em que tocava. Decide, então, retornar à sua cidade natal, ocupando a casa que fora de seus pais.
Ao procurar um novo emprego, depara-se com um anúncio no jornal local cujos dizeres “Ajudando a partir” levam-no a crer que se trataria de uma agência de viagens. Tratava-se, no entanto, de um serviço funerário: aquele da preparação ritual dos corpos. Antiga tradição familiar agora ao encargo de profissionais especializados, a morte tornou-se matéria de ordem técnica. Através da dimensão de equivocidade intrínseca ao significante (o anúncio deveria dizer “Ajudando os que partiram”), Daigo encontra-se com seu destino. 

Memento mori

Ainda me recordo da forte impressão que a inscrição em latim no umbral do cemitério me causou na infância – Revertere ad locum tuum. À época, não compreendi porque aquele campo santo seria o meu lugar; afinal, ali era o lugar dos mortos. E a vida, para mim, apenas começava. Mas foram justamente essas palavras que retornaram quando pensei no que poderia dizer sobre o estranho filme Partidas (Okuribito, Japão/2008): “Retorna ao teu lugar”. 
Daigo Kobayashi é um jovem violoncelista desprovido de talento que vive e trabalha em Tóquio, quando subitamente se vê desempregado com a dissolução da orquestra em que tocava. Decide, então, retornar à sua cidade natal, ocupando a casa que fora de seus pais.
Ao procurar um novo emprego, depara-se com um anúncio no jornal local cujos dizeres “Ajudando a partir” levam-no a crer que se trataria de uma agência de viagens. Tratava-se, no entanto, de um serviço funerário: aquele da preparação ritual dos corpos. Antiga tradição familiar agora ao encargo de profissionais especializados, a morte tornou-se matéria de ordem técnica. Através da dimensão de equivocidade intrínseca ao significante (o anúncio deveria dizer “Ajudando os que partiram”), Daigo encontra-se com seu destino. 

Memento mori

Ainda me recordo da forte impressão que a inscrição em latim no umbral do cemitério me causou na infância – Revertere ad locum tuum. À época, não compreendi porque aquele campo santo seria o meu lugar; afinal, ali era o lugar dos mortos. E a vida, para mim, apenas começava. Mas foram justamente essas palavras que retornaram quando pensei no que poderia dizer sobre o estranho filme Partidas (Okuribito, Japão/2008): “Retorna ao teu lugar”. 
Daigo Kobayashi é um jovem violoncelista desprovido de talento que vive e trabalha em Tóquio, quando subitamente se vê desempregado com a dissolução da orquestra em que tocava. Decide, então, retornar à sua cidade natal, ocupando a casa que fora de seus pais.
Ao procurar um novo emprego, depara-se com um anúncio no jornal local cujos dizeres “Ajudando a partir” levam-no a crer que se trataria de uma agência de viagens. Tratava-se, no entanto, de um serviço funerário: aquele da preparação ritual dos corpos. Antiga tradição familiar agora ao encargo de profissionais especializados, a morte tornou-se matéria de ordem técnica. Através da dimensão de equivocidade intrínseca ao significante (o anúncio deveria dizer “Ajudando os que partiram”), Daigo encontra-se com seu destino. 
O texto completo você pode ler no PDF anexo.

https://psicanaliseliteratura.capile.net/arquivos/partidas.pdf

Yojiro Takita

Kundo Koyama

Drama

Japão

113 minutos

Cinema