O leitor

Uma mulher causada pelas palavras

Entre l’homme et l’amour,
Il y a la femme.
Entre l’homme et la femme,
Il y a un monde.
Entre l’homme et le monde,
Il y a un mur.
(Antoine Tudal)

É em torno da espinhosa questão do extermínio dos judeus sob o regime nacional-socialista na II Guerra Mundial e da atribuição de responsabilidade daqueles nele envolvidos que gira o filme O leitor, do britânico Stephen Daldry (EUA/Alemanha, 2008), uma adaptação do romance alemão Der Vorlesen, de Bernard Schilink. É possível dizer que a questão do Holocausto é tratada desde uma perspectiva ética, e é justamente em relação a esse ponto, nevrálgico, que O leitor vai mais além.

O fenômeno totalitário é, antes e acima de tudo, um fato de razão e, nessa medida, o próprio Holocausto pode ser considerado tributário da racionalidade levada ao paroxismo – e não o seu oposto. Cabe interrogar, pois, o que poderia, se não fazer obstáculo à inexorável marcha da razão, ao menos temperar a sua sanha. 

Hanna Schmitz é uma mulher simples e prática, sem muitas ou meias palavras. Para ela, as coisas são como são e a vida é o que é – nada de vã filosofia. Trabalha como cobradora de bonde na cidade de Neustadt no período pós-guerra. Corre o ano de 1958 quando, em um dia torrencialmente chuvoso, ela socorre um rapaz que passa mal na entrada de seu edifício. 

O texto completo você pode ler no PDF anexo.

https://psicanaliseliteratura.capile.net/arquivos/o-leitor.pdf

Stephen Daldry

David Hare

Drama, Romance

Alemanha, Estados Unidos

124 minutos

Cinema