Fausto - 25ª referência

Freud, Sigmund (1996ss). Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranoia (dementia paranoides). In Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud vol. XII. Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1911).

A citação encontra-se no artigo “Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranóia (Dementia paranoides)” (1911), subitem II - “Tentativas de Interpretação”, páginas 53-54. Trata-se de um trecho onde Freud explicita que Schreber se referia a algumas lendas, como Fausto, de Goethe, para tratar do que Schreber chama de “assassinato da alma”.

Schreber ilustra a natureza do assassinato de alma referindo-se às lendas corporificadas no Fausto de Goethe, no Manfred de Byron, no Freichütz de Weber etc. (22), e um desses casos é citado em outra passagem, mais adiante. Ao examinar a divisão de Deus em duas pessoas, Schreber identifica seu ‘Deus inferior’ e ‘Deus superior’ com Arimã e Ormuzd, respectivamente (19); e, pouco depois, ocorre uma nota de rodapé casual: ‘Além disso, o nome de Arimã também aparece em vinculação com um assassinato de alma no Manfred de Byron, por exemplo.’ (20.) Na peça mencionada, dificilmente existe algo comparável à barganha da alma de Fausto, e procurei em vão a expressão ‘assassinato de alma’. Mas a essência e o segredo de toda a obra residem numa relação incestuosa entre irmão e irmã. E aqui nosso fio se rompe abruptamente (Freud, 1996ss, p.53-54).

Goethe, Fausto

10/11/2025 00:00