As noivas de Messina - 1ª referência

Freud, Sigmund (1996b). Estudos sobre a histeria. In Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud vol. II. Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1893-1895).

A citação encontra-se em “Estudos sobre a histeria” (1895) no capítulo III- “Considerações teóricas”, item 3 - “Conversão histérica”, página 226. Freud discorre sobre a variabilidade da intensidade do afeto que pode ser liberado a partir de uma lembrança.

A pulsão de vingança, que é tão poderosa no homem primitivo e que é mais disfarçada do que recalcada pela civilização, nada mais é do que a excitação de um reflexo que não foi liberado. Defender-se de uma agressão numa luta e assim agredir o adversário é o reflexo psíquico adequado e pré-formado. Quando não é levado a efeito ou o é de maneira insuficiente, o reflexo é constantemente liberado pela lembrança, e a 'pulsão de vingança' surge como um impulso volitivo irracional, do mesmo modo que as outras 'pulsões'. A prova disso está precisamente na irracionalidade do impulso, em seu descompromisso com qualquer questão de utilidade ou conveniência e, a rigor, no seu desprezo por todas as considerações relativas à própria segurança do indivíduo. Tão logo o reflexo é liberado, a natureza irracional do impulso pode tornar-se consciente.

Ein andres Antlitz, eh sie geschehen

Ein anderes zeigt die vollbrachte Tat.

[Literalmente: "uma ação mostra uma face antes de ter acontecido e outra depois de ter sido realizada. " Schiller, Die Braut von Messina, III, 5.] (Freud, 1996b, p. 226).

As noivas de Messina

06/11/2025 00:00