[O] que é um nome?
(Shakespeare, Romeu e Julieta, Ato II, Cena II)
Eles são jovens e belos, como os personagens shakespearianos jamais deixaram de ser. Eles se amam alegre e intensamente – todos os enamorados serão sempre Romeu e Julieta. Encontram-se em uma festa e não mais se deixam – ils ne se quittent pas. Estão prometidos um ao outro, desde sempre e por toda a eternidade.
Declinam sem pudor o repertório amoroso que - à semelhança das cartas de amor -, não deixa de ser um pouco ridículo. Como o algodão doce com o qual se lambuzam no parque de diversões, conjugando os incontáveis modos do verbo ‘amar’. Intransitivamente.
Este amor confiante é abençoado e dele nasce Adam – cada criança é uma espécie de primeiro homem, marco zero, promessa de futuro. Tudo é novo, estranho, perturbador. Eles se desavêm, eles acertam o passo, eles se amam. A vida segue seu rumo.
Então, tropeçam no real. A vida está em risco. É preciso agir. Eles renunciam à tentação de mestria e não se furtam em estar ali, diante do que é – inapelável, brutal, sem sentido. Eles vivem o que há para viver. Não há lamento ou revolta, nem sequer resignação: apenas a lâmina fria da dor retalhando a vida.
[O] que é um nome?
(Shakespeare, Romeu e Julieta, Ato II, Cena II)
Eles são jovens e belos, como os personagens shakespearianos jamais deixaram de ser. Eles se amam alegre e intensamente – todos os enamorados serão sempre Romeu e Julieta. Encontram-se em uma festa e não mais se deixam – ils ne se quittent pas. Estão prometidos um ao outro, desde sempre e por toda a eternidade.
Declinam sem pudor o repertório amoroso que - à semelhança das cartas de amor -, não deixa de ser um pouco ridículo. Como o algodão doce com o qual se lambuzam no parque de diversões, conjugando os incontáveis modos do verbo ‘amar’. Intransitivamente.
Este amor confiante é abençoado e dele nasce Adam – cada criança é uma espécie de primeiro homem, marco zero, promessa de futuro. Tudo é novo, estranho, perturbador. Eles se desavêm, eles acertam o passo, eles se amam. A vida segue seu rumo.
Então, tropeçam no real. A vida está em risco. É preciso agir. Eles renunciam à tentação de mestria e não se furtam em estar ali, diante do que é – inapelável, brutal, sem sentido. Eles vivem o que há para viver. Não há lamento ou revolta, nem sequer resignação: apenas a lâmina fria da dor retalhando a vida.
O texto completo você pode ler no PDF anexo.
https://psicanaliseliteratura.capile.net/arquivos/a-guerra-esta-declarada.pdf
Valérie Donzelli
Valérie Donzelli, Jérémie Elkaïm
Drama
França
100 minutos
https://www.youtube.com/watch?v=k4wUH4lpedI
Cinema